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Resumo:A investigação do promotor-especial Robert Mueller sobre a interferência da Rússia na eleição presidencial dos EUA, em 2016, foi concluída, mas o grande júri montado por ele para e
Por Lawrence Hurley e Sarah N. Lynch
WASHINGTON (Reuters) - A investigação do promotor-especial Robert Mueller sobre a interferência da Rússia na eleição presidencial dos EUA, em 2016, foi concluída, mas o grande júri montado por ele para examinar o tema continua em funcionamento, disse um procurador federal em um tribunal nesta quarta-feira.
O procurador David Goodhand disse durante uma audiência com o juiz Beryl Howell, da Corte Distrital de Washington, que o grande júri “continua robusto”, de acordo com dois advogados presentes, Theodore Boutrous e Katie Townsend, representantes do Comitê de Repórteres pela Liberdade de Imprensa.
Goodhand, que trabalha no gabinete do procurador do Distrito de Columbia, não integrou a equipe de Mueller.
A continuidade dos trabalhos do grande júri, que tem sido central na aprovação de mudanças formais decorrentes do inquérito de Mueller, indica possíveis desdobramentos em investigações iniciadas por Mueller.
O grande júri está no centro de um esforço para que seja cumprido um mandado de busca por documentos em uma empresa estrangeira não identificada que pertence a um governo estrangeiro.
Na segunda-feira, a Suprema Corte dos EUA negou um pedido da empresa contra o mandado, que foi emitido em julho de 2018. Howell entendeu que a companhia está em descumprimento de uma ordem judicial e impôs uma multa diária de 50 mil dólares que começou a contar em janeiro. A empresa pode já dever mais de 3 milhões de dólares em penalidades.
O caso permanece um grande mistério, com a Suprema Corte e outros tribunais se negando a identificar a companhia, o país a qual pertence ou o objetivo específico do mandado de busca. A companhia, que possui um escritório nos EUA, tem alegado ser uma testemunha, não uma suspeita, na investigação de Mueller.
A confirmação de que o grande júri continua a funcionar ocorre depois de uma petição do Comitê de Repórteres pela Liberdade de Imprensa para ter acesso aos autos envolvendo a companhia desconhecida.
Uma porta-voz do procurador-geral dos EUA não quis comentar o assunto.
Na sexta-feira, Mueller enviou ao procurador-geral William Barr um relatório final sigiloso sobre a investigação envolvendo a Rússia, Em um resumo de suas descobertas divulgado no domingo, Barr disse que o promotor especial não concluiu que a campanha de Trump conspirou com os russos.
Barr planeja divulgar uma versão pública do relatório de Mueller nas próximas semanas, depois de remover qualquer informação secreta envolvendo o grande júri e informações sobre outras investigações criminais em curso.
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